sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Pesadelos

Acho que sempre tive pesadelos mais grotescos ou horrorosos do que pessoas normais, justo eu que odeio coisas sanguinolentas e nem consigo assistir um filminho mais terror. Isso é a tal ponto que cheguei a acostumar e contar como sonhos normais mesmo. Deve ser influência dos infindáeis filmes de terror que meu pai assistia sem nenhuma cerimônia na minha frente (um dos personagens mais presentes de meus sonhos de infância era o próprio Fred Kruger, vocês imaginem só esse horroroso personagem junto com a Hello Kitty e a minha família, coisas que habitavam meu subconsciente...). Enfim, e como sempre a coisa é muito real, certa vez decidi tentar desenhar as cenas horrorosas e ver até onde conseguia passar a noção de terror. Meio que falhei já nas primeiras páginas que são essas. Esse era o começo da minha memória de pesadelo, quando eu tento entrar num elevador e ele se fecha, cheio de gente. No momento que vai fechar, de relance eu vi algo descendo do alto do elevador sob as pessoas e algo horrível acontecer. Alguma carnificina. Quando a porta abre novamente, não há ninguém, a não ser essa mulher pra lá de macabra, com as unhas compridas, provavelmente ela matou todos e deve ser um demônio mesmo, e uma tv, de forma muito bizarra. Havia até que bastante continuação de muito suspense, que depois saindo por uma porta dos fundos do elevador (? isso existe?) essa mulher iria me levar a uma seita muito estranha. E eu sabia que eu precisava fugir se não iria virar alguma oferenda da coisa toda. Bem Indiana Jones essa parte, com um quê de terror... Mas enfim, a idéia de desenhar isso aí logo logo sumiu, realmente não me empolguei, é muito macabro, a sensação de lembrar é desagradável, o de incorporar a história pra desenhar também e a minha incapacidade para chegar no realismo, climanecessário me frustrava. Como é que esses caras conseguem lançar algo terror? Não entendo essa psicologia.

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