quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cerâmica - MAA

Há algum tempo atrás tive uma espécie de febre de cursos. Um pouco pela frustração de não ter boas opções de pós, um pouco da vontade de rever um ambiente criativo como o da sala de aula, um pouco da influência de uma novela japonesa (Haken no Hinkaku) onde a mulher sabia fazer absolutamente tudo, haha.Uma antiga idéia de vaso, mal executada. Acho que não gostei muito do efeito de Haku.


E uma dessas passagens foi um curso muito gostoso, que depois descobri servir de terapia em pessoas muito estressadas ou carregadas também...
É o curso de cerâmica, do Museu Alfredo Andersen. Recomendadíssimo, baratinho, super reconfortante e foi onde reencontrei aquela loucura de ver pessoas diferentes inventando coisas, cada um ao seu estilo, no mesmo ambiente. E isso sem contar o bom humor daquela pessoas, uma mais carismática que a outra.

Experimentando paperclay, realmente fica leve, mas também mais quebradiço.

O legal é que começa numa seção de terapias mesmo. A primeira coisa é condicionar o barro, você soca, joga, taca todo o estress e isso é com o toque dos dedos na terra. Dizem que a terra é um condutor natural que descarrega qualquer magnetismo, não é? Acho que já dá para ter uma leve idéia de como isso é gostoso. E o engraçado que não tem essa de preguiça de sujar as mãos porque tá frio, etc, nada. Lembro que simplesmente chegava lá, arregaçava as mangas e mão na massa, não pensava 2 vezes.

Um conjunto de adorno para Halloween, diga se porta velas, onde acho que o ratinho de brinde fez mais sucesso que a abóbora.

Aí tem esse lance de cada um inventa o que quer. Tinha uma mulher que fazia todo conjunto de utensílios de cozinha, que serviriam de presente de natal para todos os parentes. Tinha outra que sempre tinha novas idéias de bijuterias. Um carinha queria montar sua mesa de jardim, um grande círculo que seria mosaicado depois. E tinha uma que ia mesmo para esculpir o abstrato e descobrir o seu eu interior.

UA cbeça que cavoquei demais. Não é tão fácil quanto parece. O olho era pra seguir o estilo da Feebee. Que ofensa... ficou horrível.

Bem, tá bom. Tudo tem o seu lado ruim. A verdade é que por regra, todo mundo que acaba de se iniciar nessa arte, se empolga e logo perde as primeiras 2~3 peças ou até mais. Porque na verdade, aquela aulinha de argila no pré, é totalmente enganador. Cerâmica é uma arte complexa, tão complexa e variada em suas vertentes como pensar em escolher o papel/ mídia e o material (pincel, guache, aquarela, diz, lápis...). E rico em técnicas. Técnicas que se você ignorar, poderá perder a peça porque ela explodiu, melou, rachou... Então vou dizer que sim, perdi algumas peças. Uma mulher que explodiu os peitos, um prato/ bomboniere em forma de folha que não aguentou seu peso e contorção e rachou..., uma cabeça que cavoquei demais e furou.

Então não reparem nos defeitos do que vou postar aqui.

As outras fotos eu fico devendo, tenho que separar.

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