domingo, 28 de outubro de 2007

Histórias Antigas do Japão

Ontem estava numa sessão nostalgia assistindo ao "nihon mukashi banashi" (histórias antigas do Japão), um desenho que passa na tv desde antes da minha infância (descobri: Janeiro de 1975), com traços variados a cada capítulo, mas em geral bem caricaturizados, simples e com bastante toque da tradição japonesa de pintura (como o sumi-ê). O legal é que sua narração, abertura e música temas não mudaram até o último episódio (que foi finalizado bem recentemente) e tem muitos adultos japoneses que até hoje gostam desse anime.

Muitas histórias são tão curtas que não chegam a dizer nada, mas entre uma delas, teve uma que chamou a minha atenção, porque tem um elemento legal para um shôjo. É a história de um rapaz que ajuda uma velha com sua neta doente e passa a frequentá-las, até que sua afeição pela neta vai aumentando. O engraçado é que elas moram nos fundos de um templo, numa fenda de uma rocha, então ele acha que elas são mendigas. No final, elas acabam confessando não terem o intuito de enganá-lo, mas que eram raposas daquele templo e nunca mais iriam vê-lo. Ele nunca mais retorna a vê-las, apesar de realmente querer a moça mesmo assim, pois a fenda some para sempre. É a típica história que rende boa adaptação como foi "kaguya-hime" ou "tennyo no hagoromo".

De qualquer forma, é uma ótima sessão nostalgia, era um de meus desenhos prediletos da infância. E claro, pra quem quer conhecer mais coisas bem folclóricas japonesas, acho que não teve uma história do Japão antigo que não tenha passado por essa série. Aproveitando o tema, mais um marcante que lida com folclore japonês e imperdível é "GueGueGue no Kitarou"(infelizmente não consegui abrir as versões mais antigas), do mestre das assombrações japonesas, Mizuki Shigueru. Ele também foi responsável por uma "enciclopédia" de monstros e fantasmas japoneses. E linkando à mangás antigos de monstros, nostálgico para mim é Kaibutsukun, provavelmente estava na coleção dos primeiros mangás lidos de minha vida. Incrível como o youtube nos permite achar tantas raridades que era pra tar só na memória minha ou de outro, mas raridades de qualquer forma.

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